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Adivinha!

Adivinha sobre o que vou falar hoje? Um sitio onde posso falar de tudo o que me apetece...

Adivinha sobre o que vou falar hoje? Um sitio onde posso falar de tudo o que me apetece...

Adivinha!

30
Jun05

Sabes sinto necessidade de ser livre. Quero ser livre! Quero poder correr atrás dos meus sonhos. Quero sempre saber mais... Quro continuar a evoluir, às vezes penso que me menosprezo, pois qualquer incompetente aceita um cargo de chefia ou quer ser líder, eu tenho sempre medo de não estar à altura de uma banal tarefa. Tenho medo, mas gostava de melhorar, gostava de continuar a evoluir. Às vezes sinto-me presa....
Tenho necessidade de fugir.....
26
Jun05
Ouvem-se passos no Outono do sítio onde reside o silêncio.
Esse sítio povoado de pedras frias que guardam segredos de uma vida.
Lágrimas, sofrimentos, perdas e dor tudo se esconde por detrás do silêncio das pedras frias. Essas pedras marcam uma história de pessoas que para fugirem à morte saíram do seu país, tentaram reconstruir a sua vida noutro sítio mas a ideia de voltarem à sua querida pátria era eminente.
Muitas perderam a vida porque não queriam e muitas vezes não podiam deixar a terra que ao viu nascer.
Os que deixaram e sobreviveram aquele louco extermínio, descansam hoje naquele sítio onde reside o silêncio. Por debaixo daquelas pedras estão homens e mulheres que enfrentaram o medo, a saudade e refizeram as suas vidas num país longínquo.
Acredito ao passar por aquelas pedras que por debaixo delas apenas se encontre o corpo, pois a alma, essa está na pátria donde nunca saiu.
Aquelas pedras frias ficarão ali para sempre marcando uma história e fazendo-nos recordar o Horror que outros e aqueles viveram.
Sempre que ouvirmos os passos no Outono daquele sítio onde reside o silêncio, iremos recordar de Sob os céus Estranhos uma história de vida.
16
Jun05
Existem coisas que não se dizem....
Sentem-se....
Sentir é um exercício solitário...
Ninguém pode saber o que sentimos sem lhes comunicarmos.
Sinto que a minha vida mudou....
Sinto que por um lado queria que estivesse tudo na mesma,
Mas por outro sinto que tinha de haver esta mudança.
Sei que em breve a minha vida vai ter de mudar obrigatoriamente.
Talvez seja a lei da vida....
Depois de muitos tempos encobertos....
Agora finalmente o sol brilha na minha vida.
Talvez tenha perdido os medos...
Sei que mais cedo ou mais tarde vão aparecer umas nuvens, mas agora estou confiante que o sol brilha.
Quando me levanto e vejo sol,
Sinto que tudo é possível.
Que a vida faz sentido mesmo que não se dê por isso.
O sol brilha, os pássaros cantam, sente-se o calor da terra, tudo emana vida.
As formigas continuam atarefadas e nós também....
Tenho saudades daquele tempo em que me sentava no parapeito da janela e passava horas a olhar o castelo.
A ver a correria das pessoas...
Hoje e aqui tudo é tão tranquilo quase que se consegue apalpar o silêncio...
O azul do céu confunde-se com o mar de água doce que se envolve por entre os verde dos campos.
O sol realça o dourado dos pastos...
A terra abre os seus poros para receber a pouco humidade que existe no ar....
Os insectos fazem os seus endoidecidos voos alheios ao que os rodeia....
E nós?
Nós passamos ao lado de tudo isto, demasiados preocupados com o nosso umbigo.
Obrigado por compartilhares este lado da minha vida comigo.
11
Jun05
Ela chegou a casa já de noite, trazia a pasta e as compras numa mão e na outra a cadeirinha do bebé. Mais uma vez ia ficar arrumada num canto por uns tempos.
Começava de novo a correria casa-hospital, hospital-casa. O bebé tinha de ficar outra vez hospitalizado, desde o início da sua pequena vida que passa grandes temporadas lá.
Ela continua a tentar trabalhar fora de casa, mas quando arranja um novo contrato e tudo parece estar a endireitar-se, o bebé piora.
O pai do bebé, seu amado marido mal os pode acompanhar, precisa de trabalhar para sustentar a casa.
Estão juntos mas nunca se vêem há tanto tempo que eles não se abraçam, que não se beijam.
Nesta época em que somos bombardeados com o culto do corpo, é estranho olhar para eles e saber que não têm tempo para se amarem.
Ele trabalha noite e dia. Ela passa os dias no hospital, só vem a casa deixar algumas compras que faz numa correria, toma um banho e volta para a cabeceira do filho, e só o pode fazer enquanto ele está junto do bebé.
Quando chegou perto da porta pensou como queria que ele estivesse ali e que estivesse bem.
Colocou as coisas no chão e abriu a porta, sentiu o cheiro a casa fechada, aquela já não era a sua cãs nem o seu cheiro já tinha. Acendeu as luzes da cozinha…
Ele nem tinha tido tempo para acabar de comer, ela passou a mão pelas costas da cadeira, como podia ter-lhes acontecido algo tão drástico?
Decoraram a casa a pensar nos futuros filhos. Era o sonho deles, ter filhos, imaginaram e adaptaram a casa aos futuros filhos sonharam com os seus passinhos pela casa. Os fins-de-semana em família…As crianças a brincarem no quintal…
E na realidade tudo estava vazio. A casa deserta…
Eles sonharam tanta coisa juntos, construíram tantos castelos no ar, esforçaram-se para realizar os sonhos, depois apareceu aquela maldita doença que quase lhes rouba o filho e os fez mudar de vida.
Já não vivem para eles, nem tempo tiveram para ter aquelas crises conjugais do pós-parto. Mal se vêem desde aquele dia em que ele foi chamado a meio da noite. Largou o trabalho a correr para o hospital quando lá chegou ela já estava na sala de partos.
Foi a tortura na sala de espera acendeu um e outro cigarro, tinha deixado de fumar antes de ambos decidirem ter um filho, tinham feito de tudo para que a criança não viesse a sofrer com os erros deles.


O médico chegou com uma cara demasiado fechada levou-o para o consultório e disse-lhe o que se passava, afinal o seu bebé não era saudável e tinha de ficar internado, naquele momento ele pensou que estava a viver um pesadelo e que ia acabar, mas naquele instante não lhe passava pela cabeça o tamanho do pesadelo que teria ainda pela frente.
Passado este tempo todo, ouvem-se os comentários dos vizinhos e amigos: “Era melhor que o bebé morresse, aquilo nem é vida para o bebé nem para os pais.”
Ela tomou o seu banho, meteu alguns produtos de higiene pessoal dentro da mala de mão e saiu, estava na hora de voltar para o hospital. Quando já vinha a descer as escadas, ouviu o telefone, correu de novo para casa. Quando levantou o auscultador …Ouviu-o sussurrar “perdemo-lo”. Depois fez-se um grande silêncio!
As lágrimas correram pela face de ambos, mais uma vez não se puderam abraçar num momento tão difícil. Tiveram de suportar cada um a sua dor e enfrentar o choque isoladamente.

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