Tive tudo.
Tudo perdi…
Controlei o sol e a chuva.
Agora, chove e essas gotas de água são as minhas lágrimas.
Lágrimas que deviam ter corrido e não correram.
Caem uma a uma ao de leve sobre os cabelos molham os meus lábios e o meu corpo.
E sou invadida por todas elas…
Então sinto frio…
O frio de não te ter aqui.
Se eu tivesse chorado talvez as coisas não tivessem sido assim,
Talvez se eu tivesse implorado estarias aqui ao pé de mim.
Assim…
Assim, tal qual a flor murcha com o tempo, mesmo q tenha sempre água,
Também o meu amor por ti morreu pouco a pouco com uma morte dolorosa…
Eu? Eu tentei, mas tu…
Tu foste o sol abrasador e mataste tudo sem dó nem piedade.
Agora os nossos olhares cruzam-se…
Mas o brilho? Esse desapareceu.

Ainda não percebi muito bem porque é que o espirito de Natal se instala logo depois dos Dia de Todos os Santos.
Não é que não seja agradável... Mas no minímo é estranho!
Quando chega mesmo o Natal, já está tudo cansado do espirito natalício...
Mas na verdade é acolhedor passar numa rua cheia de luzinhas de natal, com este frio, até aparece que a nossa alma se aquece.
Por isso me lembro tanto de Portalegre...
A rua do comércio cheia de luzes, o cheiro a castanhas assadas, as músicas natalícias e e o sino do pai Natal... O presépio na rua...
Ai! Portalegre....