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Adivinha!

Adivinha sobre o que vou falar hoje? Um sitio onde posso falar de tudo o que me apetece...

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Adivinha!

30
Abr14

Filhos


Milheiras

Como sabem, sou muito de me questionar...

Estou longe de ser a mãe perfeita (se é que existe!), mas o que quero dizer é que noto que falho muitas vezes como mãe.

Mas tento todos os dias melhorar e não estou a dizer isto porque é politicamente correcto, é mesmo verdade. Tento não enaltecer o o meu filho, afinal ele é como outra criança qualquer, embora para mim seja especial por ser meu.

Ás vezes as pessoas não me compreendem, porque eu não coloco fotografias dele no facebook, nem ando a mostrar as fotografias dele que tenho no telemóvel. Nem ando a dizer ele já faz isto ou aquilo e ainda só 3 anos...

Vou guardando esses triunfos para mim, para o pai e para os avós.

Existem coisas nele que acho que os outros devem saber sobre ele, mas não é para o tratarem de uma forma especial, é só porque eu acho que é importante saberem por fazer parte das suas características.

Ele é miúdo muito sensível, impressiona-se com facilidade tem um livro que é sobre um menino que perder um brinquedo, eu não lho posso ler porque ele chora, porque o menino perdeu o brinquedo. Quando vê alguém careca pergunta se a  pessoa está doente, são coisas dele não fomos nós que ensina-mos é ele que sente assim, quando algo é mais invulgar faz-lhe confusão porque é que é  assim e temos de explicar com a verdade, não é um menino que se fique com uma desculpa qualquer. E sempre que posso preparo-o para o que vai ver, outras vezes explico que nem todas as pessoas são iguais, não têm todas a mesma cor, não têm todas cabelo, nem todas têm 2 braços e 2 pernas.

Como ele gosta muito de flores e plantas, digo-lhe que as pessoas são como as flores todas diferentes...

              (imagem reitarda da net)

 

26
Abr14

25 de abril, porquê?


Milheiras

cravo40anos

 

Para quem se esqueceu porque se fez o 25 de Abril, deixo este discurso, no mínimo memorável, do Prof.  Prates Miguel.

 

"Desde 1926 e durante 48 anos, Portugal foi governado com mão de ferro pelo ditador Oliveira Salazar e seu delfim Marcello Caetano, num regime autocrático e corporativista, cuja ferocidade era branqueada pela expressão “ ESTADO NOVO”.

 

 

A bota da oligarquia de inspiração fascista esmagava um país marcado pela clamorosa assimetria social e económica, onde pequenos deuses caseiros e seus caciques, sugavam o suor de um povo de brandos costumes que sofria as passas de todos os algarves.

 

 

Nos campos e nas fábricas, assalariados rurais e operários, eram vítimas indefesas da gula e da rapina de latifundiários e patrões.

 

 

Na guerra colonial desencadeada em 1961 pelos Movimentos de Libertação indígenas nas então designadas Províncias Ultramarinas, a nossa tropa era dizimada na flor da vida ou de lá voltava estropiada e traumatizada.

 

 

Enquanto isso, o casmurro tirano recusava uma solução política para o conflito, fazia ouvidos de mercador aos apelos da comunidade internacional e declarava-se “orgulhosamente só” numa pátria virtualmente soberana desde o Minho até Timor.

 

Devido à hemorragia da emigração “a salto” para França e Alemanha, a nação agonizava na cauda da Europa sem oportunidades nem horizontes.

 

 

A Censura castrava a informação na imprensa, na rádio e na televisão, como apreendia livros incómodos nas livrarias, passava a pente fino exibições de filmes nas salas de cinema e filtrava papéis de actores no palco de teatros.

 

 

A polícia política (PIDE/DGS) perseguia, detinha, espancava, torturava, encarcerava e matava sem dó nem piedade qualquer cidadão suspeito de oposição à política arrogante dos vampiros aquartelados no Poder.

 

 

Por seu turno, a Guarda Nacional Republicana (GNR) reprimia e desmobilizava com cavalos, bastões e balas qualquer foco de agitação laboral, quer os alvos fossem uma ceifeira em Baleizão ou um vidraceiro na Marinha Grande.

 

 

As Universidades eram inatingíveis à generalidade dos filhos de  camponeses e artífices e nelas era debitado da cátedra um ensino escolástico, nada pragmático nem virado para o mercado de trabalho dos futuros licenciados, pelo que na segunda metade da década de 60 alojou-se nas academias universitárias o “vírus” da reforma e da democratização do acesso às escolas superiores.

 

 

Simultaneamente, organizava-se a resistência na clandestinidade e no exílio e à medida que a revolta alastrava, a repressão crescia em espiral, até que o descontentamento instalou-se no seio das Forças Armadas pela mão dos jovens capitães milicianos.

 

 

Depois de uma tentativa gorada em 16 de Março, a partir do Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha, o Movimento das Forças Armadas, finalmente, na madrugada de 25 de Abril, surpreendeu em barrete e ceroulas os administradores dos pontos nevrálgicos do Poder. A Revolução dos Cravos triunfava sobre a reacção dos tiranetes.

 

 

A Liberdade enxurrava nas ruas de Lisboa, fazia eco nas montanhas, varria as planícies e viajava nas asas das gaivotas até às grades das celas de Caxias e Peniche, apinhadas de resistentes condenados por delito de opinião em Tribunais Plenários orquestrados.

 

 

Desde então, governados ora assim, ora assado, os portugueses alcançaram um estatuto de cidadania compatível com o Estado de Direito instituído e os níveis de qualidade de vida subiram para patamares , digamos, confortáveis…

 

 

Porém, 40 anos volvidos, se aqui estamos em plena liberdade de associação, reunião e expressão ( uma das conquistas de Abril), penosas são outras evidências: O estado social, está moribundo; A Saúde, a Educação, a Justiça, estão pelos olhos da cara e ficando centralizadas  a léguas e léguas dos potenciais utentes… A actividade económica está… desactivada; A construção de uma sociedade inclusiva, participada, aberta, plural, intergeracional e qualificada… implodiu! A carga fiscal, não há asno que a carregue nem albarda que a aguente; As insolvências e as penhoras, são uma praga… A corrupção ilibada e o tráfico de influências, galopam à rédea solta…A velhice de reformados e pensionistas está um pesadelo… Jovens técnicos demandam ocupação noutras paragens… O flagelo do desemprego fustiga  as famílias e fomenta a criminalidade. E quem pode, quer e manda, sabe que o povo resmunga mas cala-se com uma côdea de pão e um bilhete para o circo.

 

[...]

 

Termino, neste 40º aniversário da revolução que devolveu a Portugal uma democracia cheia de sangue na guelra e cristalina de ideais, mas nesta data lazarenta de quistos e abcessos, em jeito de aviso à navegação, citando o operacional capitão de Abril Salgueiro Maia que mediou a rendição de Marcello Caetano ao MFA no Quartel do Carmo. Disse o lúcido capitão, herói de Abril, que sempre dispensou honrarias, na véspera da sua morte prematura “ Não se preocupem com o local onde vão sepultar o meu corpo. Preocupem-se é com aqueles que querem sepultar o que ajudei a construir”.

 

 

Viva, pois, o 25 de Abril!"

 

 

 

Intervenção de Prates Miguel na Sessão da AM realizada em 25 de Abril de 2014

 

24
Abr14

25 de Abril


Milheiras

 

 

 

Apesar de o dia 25 de Abril ser muito importante na minha vida, nunca falei muito dele, sempre me transmitiram que este dia tinha sido muito especial, era diferente de todos os outros, no Natal, Ano Novo e na Páscoa tentava vestir quando era possível roupa nova. Mas no 25 de Abril e no 1º de Maio o importante era vestir algo vermelho vivo, novo ou não. Havia uma alegria e ao mesmo tempo um medo no ar. Nasci  no principio dos anos 80, o 25 Abril era um pouco tabu, não se falava abertamente, na altura não percebia porquê. Depois com 15 anos estava a frequentar o 9º ano e tive o melhor professor da minha vida ( desculpem todos os outros), mas provavelmente este foi o melhor professor do mundo. O Prof. Paulo Silva ( Nunca mais tive noticias deste professor, mas sem dúvida que era um ser iluminado) que nos fez fazer um trabalho sobre o 25 de Abril onde descobri o pelos meus olhos o que tinha sido o 25 de Abril. Esta imagem foi das que mais me marcou, hoje que sou mãe tem outro significado.

É com muita alegria que vejo que após 40 anos o 25 de Abril é mais falado e há mais interesse por ele, e pelo seu significado. Embora ainda se sinta algum medo no ar...

 

 

 

 

21
Abr14

Família


Milheiras

É bom estar em família, seja Páscoa, seja Natal ou outra festividade qualquer...

Porque o meu pai trabalhava por turnos sempre foi uma espécie de celebração sempre que podiamos comer juntos, Mas os domingos eram especiais, o almoço era canja de galinha caseira e frango assado caseiro com batata frita, claro que a galinha depois comia-se ao jantar, tostada ou com molho de tomate...

Nos dias festivos a mesa tinha de alargar pois os meus tios juntavam- se a nós ou nós juntavamos-nos a eles.

Hoje somos menos mas continua ser muito importante estarmos juntos, na nossa casa não temos esses hábitos, descobri tristemente que para formar uma família são pelos menos preciso duas pessoas, e quando uma não quer não há nada a fazer...

E quero sempre voltar para os braços dos meus pais...

 

 

(imagem retirada da net)

01
Abr14

Serei E.T.?


Milheiras

Ás vezes fico a pensar se serei ou não extraterrestre, é que não me enquadro nesta "porra", estas mentalidades, não sei não consigo pensar como o resto da carneirada, talvez seja eu que esteja errada ou talvez não.

Não sou mais nem menos que os outros, sou diferente, tentando sempre hoje ser melhor que ontem....

Não ligo a modas, visto o que gosto e neste momento o que me serve...

Leio o que me cativa, não tem que estar na moda...

Procuro estar bem comigo e com os outros, embora nem sempre é fácil... E tento resolver os meus problemas antes de começar a dizer que o problema é dos outros...

Ás vezes penso que sou diferente porque sou filha única, mas depressa chego á conclusão que é mesmo de mim...

Sempre fui muito "naive"  e/ou "naif", sempre acreditei nas pessoas...

Com o passar dos anos e os trambolhões, deixei de acreditar tanto nas pessoas....

E ainda me surpreendo pela negativa com elas....

Como todas as pessoas normais, pertenci ou identifiquei-me com clubes de futebol, religiões, partidos políticos, etc....

Mas todas estas organizações são feitas de pessoas, e as pessoas estragam muita coisa...

É claro, que para se viver em sociedade temos de viver em grupo, mas eu tento manter-me afastada de radicalismo... Respeito quem faça as suas escolham, mas continuo a achar onde o "Homem mete a mão estraga!" Assim tento viver a minha vida sem me preocupar com a vida dos outros... parece que isso faz de mim anti-social....

Talvez seja.... Ou então não! Sou só uma E.T.

 

 

(Imagem retirada da net)

 

 

 

 

 

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